sábado, dezembro 26

O cadarço.

Só eu sei dessas noites longas que passo, eu e meu cadarço, a desembaraçar os nossos próprios nós. E é assim: a gente calado, sentado, de pernas cruzadas, tentando compreender o porque de tantas voltas. Dou um passo, ele me prende. Eu o pego, ele se solta. De repente, percebemos que estamos combinados e que somos o pé do outro. No fim, levanto, refaço o laço e ele me aperta o caminhar. Sempre no mesmo passo.


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