Você ensaiou o que esperava ouvir de mim. E eu vim, com o vinho e a confiança de abrir a porta, preparar o saca-rolhas e sentar no seu sofá tinto sem dizer nada. Eu prefiro me apossar.
Dono do vinho, do mundo, da ida, do vinho, no fundo, eu não me importo. Estendo a taça e você me emudece cada gole. Seca e com a calma que só tem quem chega ao limite, repete todas as palavras que, em um mundo onde eu não sou o dono do vinho, eu estou dizendo.
Veja bem que você não sabe fechar a porta, abrir um vinho ou calar a boca. Deveria ter trazido o queijo. Você mastigaria e eu poderia digerir tranquilamente o seu silêncio. Depois seria todo aquilo de sempre: você respira, decanta no canto do sofá e está pronta. Fluida, toma conta da minha boca, cheia de tudo o que eu não disse e dos sabores que você imagina.
Não hoje. Este é um bom ano para quem não se importa e eu não vou desperdiçar meu Le Coin Perdu. Fecho a porta e vou com o vinho.
Dono do vinho, do mundo, da ida, do vinho, no fundo, eu não me importo. Estendo a taça e você me emudece cada gole. Seca e com a calma que só tem quem chega ao limite, repete todas as palavras que, em um mundo onde eu não sou o dono do vinho, eu estou dizendo.
Veja bem que você não sabe fechar a porta, abrir um vinho ou calar a boca. Deveria ter trazido o queijo. Você mastigaria e eu poderia digerir tranquilamente o seu silêncio. Depois seria todo aquilo de sempre: você respira, decanta no canto do sofá e está pronta. Fluida, toma conta da minha boca, cheia de tudo o que eu não disse e dos sabores que você imagina.
Não hoje. Este é um bom ano para quem não se importa e eu não vou desperdiçar meu Le Coin Perdu. Fecho a porta e vou com o vinho.
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Gostou mesmo daquele fim "um bom ano" hein. Sinto referências =P
ResponderExcluirReferências? Foi sutil você.
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